sábado, 25 de julho de 2009

Il pendolo di Foucault


Uma página em branco. Por onde começar a escrever? É disso que quero tratar em alguns dos próximos posts, nos quais vou apresentar algumas traduções livres de primeiros parágrafos de livros (percebi que primeiros capítulos ficariam muito longos aqui). Posso também tentar explicar porque as fiz dessa e não de outra maneira, porque optei por uma palavra no lugar de outra, o que não é nada fácil fazer.

A primeira tradução vai ser de Umberto Eco, do seu livro “Il Pendolo di Foucault”:


Fu allora che vidi Il Pendolo.

La sfera, mobile all’estremità di un lungo filo fissato alla volta del coro, descriveva le sue ampie oscillazioni con isocrona maestà.

Foi então que vi o pêndulo.

Aquela esfera, móvel na extremidade de um longo fio fixado no arco do coro, descrevia suas amplas oscilações com isócrona majestade.


O que poderia comentar? Bem, logo na primeira palavra do segundo parágrafo, decidi provocar uma alteração, não porque desgosto do estilo do autor (não se trata nem de longe disso, adoro Umberto Eco), mas porque queria dar uma ênfase maior ao pêndulo. Então, em vez de escrever “A esfera”, optei por “Aquela esfera” e, em seguida, em vez de “abóboda”, escrevi “arco”. Eu sei que é mais feio, mas gostaria novamente de enfatizar o pêndulo e as características de seu movimento. Bem, não é uma tradução das melhores, nem das mais originais, talvez possa alterar um pouco o seu sentido, mas é assim que enxergo e foi assim que traduzi enquanto lia e, como disse, é uma tradução livre, sem preocupações comerciais, apenas pelo simples prazer de traduzir.


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